segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Case Gurgel


Durante os anos de 1969 e 1994, existiu em nosso país uma importante indústria nacional de automóveis – a Gurgel Veículos. Idealizada pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel e sediada na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, a Gurgel foi responsável por vários projetos inovadores e ousados na área automobilística.

Foram produzidos vários modelos de veículos desde modelos urbanos e compactos até modelos militares robustos. Um dos grandes feitos da Gurgel foi a produção de motores, o mais difícil em uma fábrica de automóveis, elogiados por marcas consagradas como Porshe, Volvo, Citroen e vários especialistas.

Infelizmente a fábrica não conseguiu sobreviver, por conta da grande concorrência das grandes multinacionais, pedindo concordata em 1993. Em 1994, Gurgel, chegou a pedir um financiamento de US$20 milhões ao governo que foi negado.

Fica como lição o exemplo de João Gurgel, que acreditou em seu sonho e no potencial brasileiro. Hoje nos perguntamos o porquê de não existir no Brasil uma indústria automobilística própria como ocorre em outras nações, inclusive em países menos expressivos que o Brasil. Capacidade de trabalho, inteligência e tecnologia nós possuímos. Um ótimo exemplo é o excelente desempenho da EMBRARER que disputa de igual para igual o mercado de aviação regional.

8 comentários:

  1. Acredito que não só os problemas financeiros tenham atrapalhado o êxito da Gurgel, mas também acredito que a empresa pecou um pouco no que diz respeito à Aprendizagem Organizacional, uma vez que essa pressupõe certa habilidade das Organizações para se adaptarem a mudanças. O que se nota é que mesmo percebendo as mudanças do mercado a Gurgel não tentou alianças para garantir sua sobrevivência, não tentou utilizar o aprendizado adquirido em prol de conseguir vantagem competitiva. Existiu muita inovação, sem dúvida, mas desconexa com os desejos e necessidades dos consumidores. Eles investiram muito em pesquisa, em design, mas não conseguiam chegar àquilo que o mercado realmente consumia, além do que sozinha não conseguiu vencer a concorrência das multinacionais.

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  2. Nessa caso fica claro também que, ainda havia muito a ser desenvolvido no que diz respeito as competências gerenciais. A organização era ousada, sem dúvida, mas precisava mais de embasamento para análises, planejamentos, definis estratégias e tomar decisões 9etapas ligadas à compet~encia intelectual). Isso fez que a Gurgel não conseguisse se manter competitiva no mercado. A concorrência das multinacionais acabou passando por cima do espirito nacionalista da empresa que não sobreviveu a década de 90

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  3. Uma empresa que leva não só nome do seu fundador mas também o seu espírito inovador: é assim que podemos descrever a Gurgel. Criada em 1969 pelo engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Este engenheiro com espírito empreendedor contrariou a todos ao tornar real o sonho de produzir um carro inteiramente brasileiro. Ele na verdade apostou no seu conhecimento na sua capacidade não se apegando ao paradigmas que nos paralisam e nos bloqueam. A Gurgel era tão a frente do seu tempo que alguns dos seus conceitos lançados a quase três décadas atrás são descutidos e estudados até hoje como por exemplo o projeto do carro elétrico. Pioneira, ela lançou um prototipo que se chamava Itaipu. Vocês devem estar se perguntando, se a gestão do conhecimento é um tema tão atual e bastante contemporâneo como é possível estabelecer um link com um empresa do final da década de 60?. Isso é fácil, na verdade embora os estudos sobre a gestão do conhecimento e de todos os aspectos que a compoem sejam recentes, se fizermos uma pesquisa com uma certa ordem cronológica iremos perceber que ao longo do tempo todas as empresas que estiveram a frente do seu tempo e eram consideradas visionárias e tidas como referência no seu seguimento praticavam a gestão do conhecimento mesmo que de forma inconciente.
    No caso da Gurgel o aspecto da gestão do conhecimento mais trabalhado era o da inovação. Talvez a Gurgel não tenha sido muito eficaz na análise de cenários. Voltada só para dentro e não atenta ao que acontecia ao seu redor, a Gurgel não foi capaz de perceber e de antever a abertura de mercado o que acabou decretando a sua falencia. Mas isso está mais relacionado a gestão estratégica do que com o nosso foco que é a gestão do conhecimento portanto não iremos aprofundar muito neste aspecto.
    Apesar do espírito inovador, criativo e dinâmico ele não conseguiu sustentar a empresa, faltou a ele o conhecimento de mercado.

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  4. O caso Gurgel é uma forma clara de como as indústrias nacionais possui vários projetos inovadores e ausados que são reconhecidos por diversas industrias internacionais mais que possui pouco reconhecimento no Brasil. A organização foi ousada em desenvolver um automaovel que atendia diversas áreas no setor automobilisco brasileiro. Mais por causa de falta de investimentos a empresa acabou falindo.

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  5. A empresa Gurgel revolucionou o mercado brasileiro de automóveis na década de 70 com a fabricação de veículos utilitários, urbanos e elétricos. A preocupação do dono João Amaral Gurgel era de construir um veículo genuinamente brasileiro e com capital totalmente brasileiro. A busca do conhecimento do empresário foi muito grande porque precisava construir veículos que durassem muito tempo e agradasse seus clientes e de contratar mão-de-obra capacitada para a produção em série e em menor tempo possível. Na minha opinião o texto é muito importante para conhecermos a luta de empresários para alcançar uma lugar no mercado.

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  6. As pessoas que atuam na empresa precisam estar muito bem preparadas e possuir um capital intelectual enorme para estar sempre inovando dentro das suas funções na organização.A organização foi ousada em desenvolver um automaovel que atendia diversas áreas no setor automobilisco brasileiro. Mais por causa de falta de investimentos a empresa acabou falindo.

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  7. . A busca do conhecimento do empresário foi muito grande porque precisava construir veículos que durassem muito tempo e agradasse seus clientes e de contratar mão-de-obra capacitada para a produção em série e em menor tempo possível. A concorrência das multinacionais acabou passando por cima do espirito nacionalista da empresa que não sobreviveu a década de 90.Infelizmente a fábrica não conseguiu sobreviver, por conta da grande concorrência das grandes multinacionais.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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