segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Case Anhanguera


O setor de ensino superior privado tem se transformado muito no Brasil e o sinal mais claro disso é a recente entrada de vários grupos educacionais na bolsa de valores. Não é tão simples o processo de entrada na bolsa, os grupos precisam apresentar três anos de contas auditadas, um conselho de administração e metas bem definidas de expansão. Freqüentemente, uma reorganização dolorosa do negócio é necessária.

O Grupo Anhanguera passou de dezessete para 47 instituições em pouco mais de um ano. Foi o grupo que mais deu certo: o valor das ações já cresceu 50%. Trata-se ainda de um caso emblemático da profissionalização pela qual passam as universidades. O ingresso das faculdades no mercado de capitais não provoca apenas uma mudança fundamental na condução desse tipo de negócio no país. Pode representar, também, um avanço para os alunos. Na infra-estrutura das trinta faculdades adquiridas pela Anhanguera foram renovados laboratórios e bibliotecas. A entrada na bolsa acaba tendo ainda impacto positivo no nível do ensino (o que não faz mal às universidades brasileiras). Uma das razões remete, de novo, aos ganhos de escala. Numa rede, os custos com a confecção de currículos e material didático (parte do negócio que sai caro para as universidades) caem drasticamente. O mesmo material é adotado em dezenas de faculdades. As mensalidades também acabam ficando mais baratas.

Não por acaso, são boas as perspectivas de expansão do faturamento nesse setor: os 20,5 bilhões de reais deste ano devem chegar a 28 bilhões de reais em 2012, segundo uma projeção da consultoria Hoper. São números polpudos o bastante para atrair estrangeiros. Eles já são a maioria dos investidores em universidades brasileiras na bolsa – e têm apostado também fora do mercado de ações.

Case Gurgel


Durante os anos de 1969 e 1994, existiu em nosso país uma importante indústria nacional de automóveis – a Gurgel Veículos. Idealizada pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel e sediada na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, a Gurgel foi responsável por vários projetos inovadores e ousados na área automobilística.

Foram produzidos vários modelos de veículos desde modelos urbanos e compactos até modelos militares robustos. Um dos grandes feitos da Gurgel foi a produção de motores, o mais difícil em uma fábrica de automóveis, elogiados por marcas consagradas como Porshe, Volvo, Citroen e vários especialistas.

Infelizmente a fábrica não conseguiu sobreviver, por conta da grande concorrência das grandes multinacionais, pedindo concordata em 1993. Em 1994, Gurgel, chegou a pedir um financiamento de US$20 milhões ao governo que foi negado.

Fica como lição o exemplo de João Gurgel, que acreditou em seu sonho e no potencial brasileiro. Hoje nos perguntamos o porquê de não existir no Brasil uma indústria automobilística própria como ocorre em outras nações, inclusive em países menos expressivos que o Brasil. Capacidade de trabalho, inteligência e tecnologia nós possuímos. Um ótimo exemplo é o excelente desempenho da EMBRARER que disputa de igual para igual o mercado de aviação regional.

Case Google



A Google é uma das empresas que mais cresceu nos últimos tempos (1000% nos últimos 5 anos), mais de 1 bilhão de pessoas usam os serviços da Google para achar informações na internet. A combinação de inovação, tecnologia pura, relação íntima com os consumidores, rapidez, informalidade, reputação e crescimento meteórico baseado na conquista das melhores cabeças espalhadas pelo mundo transformou a Google no símbolo do que é a Empresa do século 21.


Durante um bom tempo os idealizadores da Google (Page e Brin) protelaram para tomar decisões necessárias que o mercado impõe a uma empresa do tamanho da Google. Eles demoraram 18 meses para nomear um Diretor Executivo e a abertura do capital da empresa só ocorreu em 2004. O Grande desafio para a Google é crescer sem perder a essência. Para isso estão sendo feitas varias mudanças nos processos da empresa. Foram tomadas medidas para enxugar os processos seletivos que chagavam a apresentar mais de 20 entrevistas, foi-se estabelecido um limite para contratações; com o aumento do número de funcionários vários benefícios e concessões foram revistos. Outro grande problema é o vazamento de informações, fatal para uma empresa como a Google, para tanto está sendo trabalhado com os funcionários a importância do sigilo dos projetos. A Google também percebeu a importância Ed conhecer melhor seu público de todo o mundo e não só dos EUA.


Até agora, essas mudanças não parecem causar impacto no clima entre os funcionários. Em 2006 e 2007, o Google foi eleito a melhor empresa para trabalhar nos Estados Unidos pela revista Fortune. Embora a companhia tenha registrado baixas, é possível ver dezenas de funcionários que literalmente vestem a camisa e vão ao trabalho com roupas que estampam o logotipo do Google. Um dos objetivos comuns a todo esse pessoal é hostilizar a arqui-rival Microsoft. Em Mountain View, é possível ler frases em murais como "Amigo que é amigo não deixa ninguém usar Internet Exploder", uma brincadeira com a semelhança entre os termos "explorador" (explorer, o nome do navegador da Microsoft) e "explosivo" (exploder). A maior ironia dessa rivalidade é que o Google -- a única empresa de tecnologia a conseguir abalar a hegemonia da Microsoft -- nasceu num prédio de Stanford batizado de William Gates Computer Science.